Por Redação DC 01 de Setembro de 2020 às 13:34
A 2ª edição da Semana Brasil, que ocorrerá entre os dias 3 e 13 de setembro, deve ampliar as vendas do varejo entre 10% e 15% no período, de acordo com estimativas de Alfredo Cotait Neto, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A ação, que reúne lojas de diferentes setores, como alimentação, eletrônicos e eletrodomésticos, oferecerá descontos aos consumidores aos moldes da Black Friday.
“A Semana Brasil certamente vai estimular as vendas neste mês em que tradicionalmente não há datas comerciais. É possível que registremos essa alta no período em relação ao mês anterior, o que já nos deixaria satisfeitos, mas sabemos que provavelmente será inferior a 2019”, afirma Cotait.
Ao lembrar que as vendas da Semana Brasil aumentaram 10% no varejo físico e 30% no e-commerce no ano passado, Marcelo Silva, presidente do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo), parceiro da ACSP na ação e, junto com a entidade, um dos idealizadores da iniciativa, também está otimista com a volta do movimento.
Silva reforça que é preciso retomar as atividades. "O objetivo é olhar para os quatro meses que temos pela frente e instaurar o clima de confiança no país, nos consumidores e nos empresários”, afirma.
Conselheiro do IDV, Marcos Gouvêa de Souza destaca que a Semana vai auxiliar, sobretudo, as pequenas e médias empresas, que são 90% dos negócios no Brasil, a alavancarem suas vendas no período.
“As grandes empresas podem desenvolver suas próprias estratégias de vendas, mas os pequenos terão facilidade para baixar o material promocional e de visualização gratuitamente no site do evento.
Especialista em varejo do Sebrae, Flávio Petry acredita que, sem dúvida, as ofertas da Semana Brasil movimentarão um grande volume de clientes no comércio e haverá um aquecimento no consumo.
"O Sebrae entende que é uma boa estratégia a adesão à campanha e incentiva que as MPE se preparem o quanto antes para participar”, afirma. “Além disso, temos oferecido cursos à distância gratuitos para que as MPES saibam, por exemplo, como preparar a equipe de vendas e qualificar seu atendimento.”
A abertura de mais de 150 mil lojas virtuais desde o início da pandemia, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), indicam como as empresas irão se posicionar nos próximos meses, diz o presidente da associação, Maurício Salvador.
Além disso, ele destaca que os hábitos de compras da população também mudaram. "O e-commerce teve um crescimento acumulado de mais de 60% na pandemia. Esperamos uma boa adesão de lojas virtuais oferecendo descontos na Semana Brasil, e dessa forma atraindo mais atenção para a data".
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Imagem: Alexander Kovacs em Unsplash