Por Vitor França 27 de Maio de 2019 às 08:00 | Economista da Boa Vista SCPC
*Com Flávio Calife, economista da Boa Vista
Big data, machine learning, inteligência artificial. Os dados, atualmente, são ouro, o novo petróleo, pois, com os avanços tecnológicos, as ferramentas estatísticas têm possibilitado a criação de modelos cada vez mais sofisticados e precisos de análise preditiva.
Se, por um lado, esses avanços representam oportunidades para as empresas aprimorarem a oferta de seus produtos, alavancarem as vendas e melhorarem a avaliação de riscos de crédito e fraude, por exemplo, por outro lado, assusta a possibilidade de que estejamos a caminho de um admirável mundo novo em que a população se torne refém de algoritmos computacionais –e dos interesses por trás desses algoritmos.
Gerou bastante preocupação, por exemplo, o vazamento de dados dos usuários do Facebook coletados pela empresa Cambrigde Analytica e usados nas últimas eleições nos Estados Unidos.
Chega a assustar, também, o sistema de crédito social em construção na China, por meio do qual o comportamento de cada cidadão poderá ser pontuado de acordo com a sua conduta.
Para se ter uma ideia do que se trata, uma pontuação boa no sistema daria acesso a uma série de benefícios, desde descontos em aluguéis até acesso a apólices de seguro ou obtenção mais rápida de vistos. Pontuar mal, por outro lado, poderia impactar desde a escola dos filhos até os empregos aos quais o cidadão poderá ter acesso, em um cenário assustador digno de um episódio do seriado Black Mirror.
Como evitar um futuro orwelliano como esse, de discriminação a partir dos dados e supressão da privacidade e das liberdades individuais? Como impedir a manipulação a partir do uso indevido das informações pessoais?
Por sinal, se os dados são o novo petróleo, não deveriam ser os consumidores, que geram esses dados, os donos dessa riqueza?
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Fonte: Diário do Comércio
Imagem: Unsplash